Entre março de 1994 e dezembro de 1996, tive o privilégio de conviver e trabalhar com uma dessas pessoas. Conheci, trabalhei e convivi com o prefeito e com a pessoa de Wittich Freitag. Uma das fases inesquecíveis desta minha vida.
Sempre tive comigo que quando convivemos com um ídolo – e com as “ranhetices” do dia a dia –, passamos a perceber seus erros e acertos, e a vermos que “ele” não passa de um ser humano igual a nós e acabamos nos desiludindo.
No entanto, “seu” Freitag era múltiplo, gigantesco e de extraordinária lucidez. Suas orientações sempre me pareceram marcadas para o futuro e seus conceitos sempre traziam a força da sinceridade e da honradez. Mas o que mais me impressionava era que, como todo sábio, ele sabia pedir conselhos na hora da dúvida e acerca dos assuntos que não conhecia e, principalmente, sabia escutar e filtrar as boas das más opiniões.
Além das aulas de gabinete, adorava quando íamos ao recanto do Moppi, em Pirabeiraba, e lá, noite adentro, nas conversas informais, nos ensinava que devíamos nos dedicar com corpo e alma ao serviço público, apesar de sermos “cargos de confiança”, pensando no bem comum de todos e da cidade. Deixava transparecer nas falas que a gente deveria doar-se, enquanto servidor público, e não fazer do serviço uma sinecura, um bico, recebido de favor. Deveríamos absorver a oportunidade de aprender e servir, doando todo o nosso conhecimento e inteligência, com afinco e amor, à nossa gente e à nossa terra.
Este foi o “seu” Freitag que eu conheci, convivi e aprendi a admirar. Há dez anos, ele passou para o oriente eterno, mas será sempre um bom exemplo para mim e, espero, para as pessoas que têm a oportunidade de administrar a nossa amada Joinville.