sexta-feira, 28 de maio de 2010
Pensar pequeno
Desde cedo, escutei o Chico do Ernesto falar que nós somos do tamanho do nosso pensamento. Portanto, quem pensa pequeno, pequeno é! Imagino Joinville no topo. Uma Barcelona! Com uma biblioteca, um mercado, uma academia e um pronto-atendimento, equipamentos públicos essenciais, em cada bairro. Escolas para as crianças em horários normais e elas não precisando andar mais de 600 metros com segurança no ir e vir.Pessoas caminhando pelas calçadas arborizadas apreciando buskers. Idosos sentados e conversando nos bancos dessas calçadas e das praças; bebedouros para os com sede; ciclovias e transporte público de verdade com preço justo, limpo e no horário. Pensada, democrática e, principalmente, planejada! Joinville teve diversos prefeitos, mas, infelizmente, a gente lembra de poucos. Ottokar Doerffel, João Colin, Baltazar Buschle, Nilson Bender, Pedro Ivo, Wittich Freitag, Luiz Henrique. Pessoas que, no meu entender estiveram, em pensamentos e atos, na frente dos outros. Marcaram suas passagens. Deixaram legados. Pensaram grande! Onde quero chegar? Quero chegar na minha desilusão, desconforto e desassossego quando leio em “A Notícia” texto sobre a inauguração de semáforo.“Abbey Road no Vila Nova” ( “AN Portal”, 13/3). “Em pose semelhante à famosa capa do disco ‘Abbey Road’, dos Beatles, o prefeito Carlito Merss; o presidente da Conurb, Tufi Michreff; e o vereador Jucélio Girardi cruzam esquina onde a Prefeitura de Joinville inaugurou semáforo ontem, no bairro Vila Nova. É, tem solenidade de inauguração de semáforos, agora”.Inaugurar semáforo já é um despautério. Agora, comparar o andar do prefeito e de seu séquito aos legendários, inesquecíveis e intermináveis Beatles, atravessando Abbey Road, com suas impecáveis sinalizações e totalmente arborizada é de doer. Fiquei nauseabundo. Perplexo! Pobre Joinville, inaugurando semáforos e pobres de nós, pagando a publicidade deste ato infeliz com o dinheirinho suado dos impostos da vida. Tanto tempo perdido, tanto desejo de chegar ao paço municipal, de gerir esta que é a maior cidade do Estado, para isto? Como diria um jovem qualquer: ninguém merece!
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