segunda-feira, 21 de junho de 2010

Bibliotecas

Em “AN” de 3/5, lemos: Joinville tem o menor número de bibliotecas para cada 100 mil habitantes no Estado, aponta censo do MinC. Duas bibliotecas públicas para atender a 500 mil pessoas. “Temos uma proposta de ampliação da Rolf Colin. Mas não queremos fazer dela um elefante branco”, diz a coordenadora das bibliotecas públicas joinvilenses.Precisamos entender que, hoje, estes equipamentos públicos não são simples repositórios de livros. São espaços híbridos abrangentes com CDs, DVDs, revistas, jornais e livros. Devem funcionar como equipamentos que propiciem acesso às informações e que ajudem no desenvolvimento da sociedade.Nós, seres humanos, precisamos do discernimento, da percepção. Sem isso, não sabemos o que somos, de onde viemos e nem imaginamos para onde iremos. Quanto mais uma pessoa se informa, mais ela viaja mentalmente e mais aguça a sua capacidade de enxergar e compreender tudo que está acontecendo à sua volta. Desde o início da civilização, as viagens, as discussões e a leitura são a base do conhecimento.Os livros antes e, agora, todos os sistemas de informações são companheiros da humanidade na sua solidão e funcionam como mensageiros do tempo e do espaço. Podem sensibilizar pessoas e mudar vidas, pois levam a viagens virtuais não só compartilhando experiências e visões, mas também sensações e sentimentos. O conhecimento adquirido pela informação torna o ser humano mais nobre, mais arguto, mais sábio e lhe dá a condição de ver o mundo como ele realmente é!Além disso, as bibliotecas devem ser vistas, também, como locais de encontros, de discussões, de procuras. A magia do silêncio das bibliotecas é propícia, assim como é a dos santuários, à paz de espírito e à inspiração. Local para se encher a alma de ânimo e prosseguir incentivando na luta contra as sinuosidades da vida. Joinville precisa recuperar o tempo perdido fazendo uma inflexão na sua linha de atuação em relação a estes equipamentos, desenvolvendo um plano de implantação para a cidade como um todo, colocando bibliotecas perto das pessoas, em todos os bairros, por meio de uma rede interligada. Bibliotecas nunca serão “elefantes brancos” se forem bem administradas, atrativas e atualizadas.

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