Sábado desses, fui ao Mercado Público de Joinville dar um abraço no meu amigo Zé Ramos, barbeiro das antigas e dos bons e com cabelos brancos desde que eu era criança – e faz tempo.
Pra variar, encontrei o Gordurinha, que me perguntou: “O que achaste desta história de Bin Laden morto, mas sem o corpo?” Respondi: “Sei lá, parece factoide, já que o Obama anda meio em baixa nas pesquisas e ano que vem tem eleição”.
Factoide, segundo o “Aurélio”, quer dizer: fato, verdadeiro ou não, divulgado com sensacionalismo, no propósito deliberado de gerar impacto diante da opinião pública e influenciá-la, de forma a manipulá-la de acordo com as aspirações de grupos políticos, que se utilizam de sua influência na mídia. Considera-se também que pode ser uma afirmação improvável, que de tanto ser repetida acaba sendo aceita como verdade inquestionável.
E o pacotão do nosso prefeito? Da reativação da Secretaria de Serviços Públicos (SSP) e do fechamento das secretarias regionais?
Bom, disse eu, acho que a SSP nunca deveria ter sido fechada, pois fazia serviços importantes que foram redistribuídos entre outros órgãos, que não tiveram o mesmo desempenho, e reativá-la entendo como um acerto. Quanto às secretarias regionais, no governo Freitag, no qual trabalhei, eram braços importantes como apoio à Secretaria de Obras. Na época, o saudoso João Amaral era o gerente da Leste e não tinha “status” de secretário, mas elas funcionavam bem. Pelo que se lê, hoje, parecem feudos de grupos políticos, daí entendo que é um bom negócio voltar a ser o que eram. Além de que, acredito que tenha sido feito um grande estudo para ver o custo-benefício.
Li e reli o “pacotão de salvação” da Prefeitura anunciado pelo prefeito. Vejo ações boas e outras, como se dizia no Bucarein, coisas para encher linguiça. Em relação aos valores a serem economizados, R$ 10 milhões, me parece insignificante para uma prefeitura que tem um orçamento de mais de R$ 1,4 bilhão (menos de 1%).
Aliás, se é esta economia que vai resolver os problemas de Joinville, então a coisa está feia. Espero, sinceramente, para o bem de Joinville, que o pacote propalado não seja um factoide! Tomara, diz o Gordurinha, se despedindo.
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