domingo, 11 de janeiro de 2015

Momento Político

“E aí, Gordura, o que achaste da posse da presidente?”, perguntei. Ao que ele respondeu: “Pela cor das bandeiras, na posse, lembrei da minha juventude balançando a da TFP, considerada de direita e pautada nos valores: tradição, família e propriedade. Esta esquerda que está aí é muito parecida, ainda que os valores sejam antagônicos. A vida foi passando e eu cada vez mais acredito no que se dizia no Bucarein antigo: trocam-se as moscas, mas a caca continua a mesma! Está difícil de saber onde está a verdade. Não vejo construção que possa levar o País e a vida da gente para frente. Fico pensando que nós, brasileiros comuns, somos muito superficiais, e isto deixa espaço para os políticos/marqueteiros ligados fomentarem discussões que desviem nosso pensamento para coisas sem importância. Por exemplo: bombou nas redes sociais o look da presidente na posse. Daí me pergunto: por que todos prestaram atenção no que ela vestia? O fato de ela ser ou não elegante não tem a menor importância. Acho que o marqueteiro fez de propósito. A tragédia fica na roupa que fomenta comentários por um mês, e nós esquecemos da Petrobras e do novo ministério, montado no sistema de partilha com os caciques dos partidos que a apoiam. Olho para a composição do ministério com a maior boa vontade, mas não vejo alguém reconhecido na sua área de atuação. Pelo contrário. Um ou outro técnico misturado a políticos, influentes nas suas legendas, cujo principal mérito é somente este, e parece que o critério do conhecimento não conta. Será que não existe no Brasil para o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação alguém do ramo? E para a Pátria educadora, mote forte e certo da presidente, alguém reconhecido por uma vida dedicada à educação? E no esporte, na agricultura, na pesca e assim por diante. Está difícil de acreditar, meu irmão. Este momento me lembra de um ditado a ser seguido: quando alguém apontar para as estrelas, olhe para elas e não para as unhas de quem aponta, para ver se estão sujas! Olhar para as vestes é olhar para as unhas! O que se deve fazer é olhar para quem vai ajudar a dirigir o País, pelos próximos anos, e, pelo visto, rezar!”