terça-feira, 4 de setembro de 2012

Moral

“Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral”. Esta frase é atribuída a Fidel Castro. Não está escrita aqui porque eu seja fã dele. Aliás, é o contrário, pois eu conheço Cuba e, tirando os cubanos e as belezas naturais, o resto é uma vergonha. Uma revolução dita para libertar o povo do imperialismo americano e que, na verdade, levou o povo a viver numa pobreza de dar dó, sem qualquer liberdade de atos e de expressão. Para mim, essa não passa de mais uma das frases de efeito político e que, neste momento de eleições, se somam a tantas outras que fluem em grande quantidade pelas bocas dos candidatos com a maior desfaçatez. No Brasil recente, acontece exatamente o oposto do que disse o ditador cubano. Os nossos políticos revolucionários não perdem a família, a liberdade e a vida. Se olharmos bem, veremos que o que fazem de melhor é se locupletar. No que se refere à moral, o que a gente vê são os possuidores de cargos, ditos importantes, sem qualquer vergonha de mostrar que não a têm. Dizia meu amigo Pirulito outro dia, referindo-se aos programas políticos assistidos na TV: “Ainda não morreu a minha esperança de ver gente séria na política. A esperança de ter a presença física de políticos que me passem confiança. Assisto aos programas e tento enxergar a ética e a moral dos candidatos. O que me passa, se é que meu senso de moral não está atravessado, é que a moral da maioria dos candidatos contém sempre algo de imoral”. “Mas o que está aí, está posto”, disse-lhe eu. “Eu sei”, respondeu, “mas não podemos ser cúmplices desta chacina moral que estão nos impondo e às novas gerações. Se nos querem subjugar lentamente com atos imorais e subterfúgios, acho que devemos resistir com dignidade. Entendo que o passado é lição para se meditar, e em cima deste pensamento fico pensando em como escolher o meu candidato a prefeito”. “Se te posso dar um conselho”, disse-lhe: “Vote em quem moralmente tem o que perder. Vote naquele que tendo o seu nome subjugado ao crivo da sociedade, por ser acusado de fazer malfeito ou errado, não resistirá. Pegará o seu chicote e se açoitará até sangrar!” Talvez não seja fácil, dadas as circunstâncias, descobrir quem! Mas sempre há que se achar uma forma!

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