quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vereadores

Joinville discute, hoje, o aumento do número de vereadores. Sou totalmente favorável que se amplie para cem vereadores. Explico a minha teoria. A curva gaussiana pode ser aplicada em diversos fenômenos da natureza: altura de indivíduos, número de gotas que caem em uma chuva, níveis de colesterol de homens que bebem, e, inclusive, a taxa de acerto em formulação de leis feitas pelos vereadores. Quanto mais pontos (vereadores) eu colocar na elaboração da curva, mais representatividade a cidade terá e o acerto médio será maior. Óbvio, então, que quanto mais vereador tiver, mais a cidade será do jeito que a população quer.

Claro que tem o lado dos gastos. A Câmara vive do repasse constitucional feito pela Prefeitura. O salário dos nossos vereadores gira em torno de R$ 8 mil mensais e, segundo se lê, sobra um bom dinheiro ao final do ano. Imagino cem vereadores com o mesmo valor repassado hoje. Não aumentaria os custos e daria muito mais representatividade aos rincões da cidade. Antigamente, vereador era trabalho voluntário, no entanto, hoje é profissão que, além do bom salário, agrega assessores, automóveis e outras vantagens pecuniárias e sociais.

No “AN” de 5 de abril, lemos, entre outras coisas, que as entidades empresariais de Joinville estão se posicionando contra o aumento do número de vagas. A dúvida que me surge é se estão realmente preocupados com os gastos públicos ou com os seus. Explico! Se olharmos a prestação de contas de alguns edis, veremos quem financia suas campanhas. Pela lógica, mais vagas, mais candidatos. Mais candidatos, mais gente pedindo apoio e oferecendo facilidades. Consequentemente, mais gastos para quem financia. Sugiro que na próxima eleição as entidades empresariais não financiem ninguém. Cada um por si, do seu próprio bolso, pelo seu próprio talento, pelos seus próprios feitos e vamos ver no que dá.

Se forem cem dividindo o que ganham 25 (cada um receberia R$ 2 mil mensais como ajuda de custo, sem direito a carros, assessores e tendo como suporte a estrutura gerencial, comum a todos, existente hoje), teremos a população muito mais bem representada por pessoas interessadas na cidade e não somente em bons salários e na defesa dos interesses de seus financiadores.

Em minha opinião, não é o numero de vereadores o problema, mas, sim, a lógica do esquema posto.

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