quarta-feira, 21 de março de 2012

Coragem

Existem coisas que o prefeito não tem culpa. Mas como fica quieto e não cobra de quem tem que assumir, paga o pato. O caso da ponte em frente à Câmara de Vereadores é uma delas.

Todos sabem que a ponte teve problema no cálculo da estrutura. Por isto teve que ser redimensionada. O nosso alcaide não poderia pagar o pato por isto, mas como não se manifesta e nem determina quem errou que assuma o erro, paga!

Agora, a polêmica da rua das Palmeiras. Não sei se vai ficar melhor ou pior. Tenho até dúvidas se a maior expressão joinvilense em artes plásticas tem razão em se chatear porque não o consultaram ao modificar o visual da rua. Até polemizo comigo mesmo se ele deveria ter feito aquele projeto, pois, pelo que sei, quem tem atribuição legal para projetar este tipo de obra é arquiteto. Agora, ter o maior signo da cidade projetado por um artista plástico conhecido mundialmente, ninguém pode negar que foi uma grande sacada de marketing e de valorização do espaço. Bom, mas aí é para quem tem visão de futuro, e quem o contratou, naquela época, de certeza tinha.

O que me irrita é que foi determinado fazer um projeto novo e, deduzo, pelo prefeito. Portanto, devem ter havido estudos, debates e horas despendidas, como se faz na definição de qualquer bom projeto. Se assim o foi, por que não dizer: “Queríamos repaginar a rua das Palmeiras. Deixá-la moderna, baseada em definições claras. Por isto fizemos um novo projeto.”

Nada. Respostas evasivas, dada pelo terceiro escalão e que deixam a gente na duvida (li no “AN”): “A rua das Palmeiras acabou se transformando num local escuro, utilizado por usuários de drogas, que acaba sendo evitado pelos pedestres pela própria falta de segurança”. “É importante destacar que não se apagará o passado. Estamos trabalhando em cima do que já existe, com a manutenção dos jardins, projetados pelo Juarez Machado”. Não é o que se vê pelas fotos e explicações de como vai ficar.

Parece que falta coragem de dizer: “Vamos fazer porque entendemos necessário!”

Até porque se se quer matar a pulga não precisa matar o cachorro. Usa-se o veneno certo! Se os problemas eram as lixeiras, bancos, iluminação e drogados, a solução seria mais simples, mais barata e sem polêmica. Bem, a não ser que esta seja necessária e proposital!

Um comentário:

  1. Anselmo

    Perfeito o texto, abordou dois temas que mexem com Joinville e o fez com uma clareza que é pouco comum.

    Espero ver o texto publicado no AN

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