segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Feliz Natal


Há 50 anos, nossas mães diziam: “Se vocês não estudarem, não passarão de ano e não ganharão presentes do Papai Noel”. Aquele jeito de nos pressionar dava-nos pavor do bom velhinho. Mas, como sempre, passávamos de ano na escola, dias antes do Natal estávamos lá ajudando a mãe a enfeitar o pinheirinho. Árvore de verdade enfeitada com bolas de vidro vermelhas, velinhas coloridas, fios de prata e algodão.

Na casa dos meus amigos, vizinhos ali do Bucarein, não era diferente. A rua Gastão Vidigal congregava seus moradores e a gente se sentia uma família. Seu Schroeder e a dona Olga, pais do Osvaldo, casado com a Alvacir, pais do Sergio e da Liane e tios do Cláudio; seu Renato Garcia e dona Florita, pais da Zilda, Ica, Nato, Tota, Babi, Zildemar e Zilmar; dona Laura, avó da Cassia e do Ed, filhos do Nesinho e da Maria Laura; seu Ulisses e dona Zizi, pais da Maeve, Betinha, Carmem Lucia e Neusa, que moravam ao lado do seu Pacheco e da dona Neia, pais do Calinho “Xuxu” e do Zé Marcos, primos do Sergio Murilo e do Claudio.

No outro lado da rua, tinha o Pinga e a Heleida, filhos do Zilo e da Zulma, o Reinoldo e a Zenaide, pais do Lori e da Marcia. O Gê, a Maria do Carmo e o Odil, filhos da Mariazinha e do Marinheiro. O seu João Calafate e a dona Balduina (que quando vejo um fogão de lenha sempre me vem à lembrança), pais da Juraci, esposa do Volvenaer, pais do Silvio, Quika, Maria, Tinho e Dido. Seu Basílio e a dona Alzira, pais do Ninho, Marli e Marisa; seu Pedro dos Passos e da Dona Nair, pais do Leo e da Lair. E nós, filhos do Chico do Ernesto e da Nilza: Xande, Arino, Anselmo e Ariosto.

Bons tempos em que os vizinhos se conheciam e se preocupavam uns com os outros. Diferentemente dos dias de hoje, o espírito natalino imperava na vizinhança durante o ano todo e aflorava nesta época do ano com mais intensidade. Há muito não vejo muitas destas pessoas que me ajudaram a crescer e nem sinto o espírito de vizinhança. Alguns já partiram para o oriente eterno, outros estão por aqui, mas todos, onde estiverem, espero que se lembrem daqueles bons tempos. A todos um Feliz Natal!

*Com a ajuda de Orestes João dos Passos (Tinho)

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