sexta-feira, 28 de maio de 2010

Acusação infeliz

Na coluna “Portal” do dia 3, li um texto em que a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) dizia: “Essas críticas parecem que são coisa de quem não gosta de Joinville. Claro que o terreno do campus tem problemas, mas a área utilizável é maior do que a da UFSC em Florianópolis. Podemos até discutir a acusação de superfaturamento na compra da área, mas não o terreno”.Sinceramente, como fui um dos que teve artigo publicado no “AN” questionando o local, me sinto ofendido. Deixei claro no que escrevi que a UFSC já vem tarde. O que me revolta, independentemente da enchente, do terreno do posto, das linhas de trem e de alta tensão, é que Joinville tem um plano diretor aprovado e este não pode ser rasgado como está sendo.Se o plano diretor definiu que não é para crescer o urbano joinvilense para aqueles lados, como comprar um terreno rural, e direcionar o crescimento para lá? Mudou-se a lei de zoneamento? É questão de legalidade, não de gosto. Pelo escrito na coluna, a senadora diz que o terreno tem problemas. Mesmo assim é a favor de usá-lo?A segunda parte da afirmativa da senadora era avassaladora. Ela sugeriu: “Podemos até discutir a acusação de superfaturamento na compra da área”. Incredible Hans. Diria Sir Theóphanes em Life`s Cases. Tem alguém investigando isto? E depois nós, meros bípedes pensantes, que ousamos questionar, é que somos contra Joinville?Me desculpem a petulância. Sempre fui um respeitador de hierarquia e de autoridade constituída, mas, nasci em Joinville. E deixo claro aqui que entendo que, nem por isso, sou mais joinvilense do que os outros. Acho até que eles são mais joinvilenses do que eu. Eles escolheram aqui para viver. A mim foi imposto.Pois sou só o produto de uma noite de amor do Chico e da Nilza, que por acaso moravam no Bucarein. Sempre entendi que: mais do que do lugar onde nascemos, somos do lugar onde escolhemos para morar. Quem é joinvilense quer o melhor para a sua cidade. Não seria mais inteligente e nobre rediscutir do que, levianamente, acusar de não gostar de Joinville, quem ousa interpelar?

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