sexta-feira, 28 de maio de 2010

Mercados públicos

Normalmente, são equipamentos agradáveis e de visibilidade por serem ambientes de relacionamentos. Fazem partes do início das cidades e das tradições comerciais. Infelizmente, no Brasil, devido às mudanças de hábitos e da formação de um novo comercializar e viver da sociedade, foi-se deixando de lado estes equipamentos precursores das relações comerciais.Cidades como Estocolmo, Barcelona e Porto preservam e reforçam estes equipamentos, reconhecendo seus valores. Poucas cidades brasileiras os mantêm em bom nível, ainda hoje, como símbolos da população e como pontos turísticos, entre elas: Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo. Estas cidades souberam dar uma nova dinâmica aos mercados públicos.No entanto, em muitas outras estes se mostram depauperados e perderam as suas identidades e funções. Os mercados públicos funcionaram e funcionam como espaços de atração no âmbito urbano, por meio dos envolvimentos comerciais e de lazer da população e por se localizarem, na maioria das vezes, em pontos estratégicos das cidades. No século passado, eram neles e no seu entorno que acontecia tudo de importante para os cidadãos.Além da presença física, da localização e de suas atratividades, os mercados têm valores sociais agregados que fazem deles lugares de relacionamentos de valor incalculável. Como um equipamento urbano comunitário, é um símbolo de identificação da cidade e de seu povo.Meus pensamentos de criança lembram do de Joinville. Vivo e ativo, com seu estilo futurista à época, e lembro de meu pai contando que antes da primeira reforma tinha portas em arcos. Outro dia, li num site que o nosso mercado é camaleão. Mudou com o tempo. Em estado de decadência, na década dos anos 1980, enxaimelizou-se. Voltou a ser dinâmico. Movimentado. Fui lá outro dia e já não está mais com a corda toda. Está ficando devagar. Meio abandonado. Sem atrativos.Que tal dar uma nova “camaleada”, ampliando espaços, construindo sanitários de shopping, mudando o visual? Voltar a ser um espaço agradável, comercialmente forte e culturalmente ativo. A cidade agradeceria.

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