sexta-feira, 28 de maio de 2010

Árvores

Por que árvores nas áreas urbanas? Respondem os especialistas: porque esteticamente embelezam e amenizam a aridez do ambiente construído; dão guarida aos pássaros e outros animais, ajudando a conservar a biodiversidade; amenizam o clima, diminuem a insolação direta e o efeito térmico; diminuem a poluição sonora; absorvem partículas e gases presentes no ar, removendo dióxido de carbono e produzindo oxigênio; facilitam a infiltração de água no solo, reduzindo o impacto causado pelas chuvas; absorvem a água do solo, que volta à atmosfera pela transpiração das folhas, originando partículas necessárias para a formação de nuvens.Deu em “AN” de 26/2: “Celesc corta 48 árvores. Fundema poderá multar”. “Quando desci para ver o que acontecia, eles já estavam cortando a última”, diz a moradora da rua Itaiópolis e que ao questionar recebeu como resposta: “A orientação da Celesc era liquidar as árvores”. “Não há justificativa técnica para o corte, até porque eram de pequeno porte e não representavam ameaça”, afirma o gerente de áreas verdes da Fundema. Já o da Celesc defende: “As árvores foram cortadas porque ofereciam riscos aos pedestres e à rede elétrica”.Parece que os gestores e nós mesmos, muitas vezes, vemos as árvores como uma coisa ruim. Um empecilho que só serve para prejudicar as calçadas com as raízes, os fios de eletrificação com os galhos e sujar as ruas com as folhas que caem. Está se transformando as árvores em vilãs. Tudo de bom que ela oferece não vale nada quando comparada aos pequenos incômodos que apresentam e, na maioria das vezes, causados por quem deveria plantá-las e podá-las corretamente. Mas isto gera custo e dá trabalho, então, é mais fácil liquidá-las, mesmo que a cidade se transforme em um lugar árido, poluído, quente, sem pássaros, sem flores e sem graça.Enquanto as boas cidades para se viver enterram os fios e plantam mais árvores, nós enchemos as calçadas de postes de concreto e cortamos as poucas que temos.Ainda não se entendeu para que elas servem e, por isso, é tratada como um elemento prejudicial ao ambiente urbano. Pobre Joinville, com a sensibilidade de quem a administra. E quando o órgão competente (Fundema) fica sujeito ao órgão concessionário (Celesc), lembro do Chico do Ernesto, é o poste urinando no cachorro!

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