sexta-feira, 28 de maio de 2010

Estratégia

Joinville sempre foi caracterizada como cidade industrial. As suas empresas vitoriosas, ao posicionarem-se no mercado, tinham estratégia definida. No início, podem não terem sido completas, mas se fundamentaram no senso empreendedor, em análises de mercado, em possibilidades internas, em políticas de gestão de pessoal, de comercialização e de renovação. As que assim fizeram estão aí, exitosas. Outras acabaram em nada por só fazerem o dia a dia. Não se renovaram. Não tinham estratégia.Sabe-se que o sistema econômico da terra, hoje, se baseia em redes de fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas interligadas e que as cidades constituem os seus nós infraestruturais. Funcionam como organizadoras e dão suporte à economia mundial. Portanto, a que não participar deste sistema de fluxos ficará marginalizada do processo de desenvolvimento. O sistema mundial de cidades se caracteriza por ser hierárquico, flexível e alterável. Daí a importância de se estabelecer uma estratégia para atrair e gerar novos fluxos, além de qualificar os existentes.Colocam os estudiosos do assunto a obviedade das cidades, ainda que mais complexas que as empresas, terem as suas estratégias, se quiserem ser protagonistas em vez de coadjuvantes. É imperioso, para sobreviverem, que definam uma estratégia própria, identificada e elaborada pelos seus atores influentes, com o respaldo da participação popular, criando assim, o sentido do pertencimento.Qual é a estratégia de Joinville para reorientar e reorganizar as suas funções urbanas na adaptação aos novos tempos? Hoje muitas das “nossas” empresas não são mais familiares. Portanto, são regidas por melhores oportunidades e, para deixar a cidade, dependem de decisões que vêm de longe, sem afinidade. Incentivar o desenvolvimento de serviços avançados e de centros de difusão de ciência e tecnologia, baseados na criatividade e capacidade de inovação das nossas instituições de ensino superiores pode ser uma estratégia. Se Joinville ficar só no fazer o dia a dia, sem uma estratégia definida, fatalmente deixará de ser protagonista e estará fora da rede de fluxos mundial.

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